A ÁGUA DE NOSSO BATISMO

A ÁGUA DE NOSSO BATISMO
(por Cristiano França)

“Mas aquele que beber da ÁGUA que eu lhe der NUNCA TERÁ SEDE, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.” (João 4:14)

Como podemos observar no texto histórico de João, não obstante aquele ter sido ainda o tempo da Lei, o conceito de que a Palavra que vem de Deus é Água para o Seu povo já era apregoado por Jesus de Nazaré. Naturalmente, ao falar desta Água tão especial àquela mulher junto à fonte de Jacó, o Mestre se referia à Palavra do Reino que Ele ensinava naquele tempo aos Seus conterrâneos.

Comparar a Palavra de Deus à água é algo extremamente significativo. Afinal, esta substância é o que nos possibilita a vida. Até hoje a ciência busca saber como a vida teve início aqui na Terra. Porém, a única coisa que Deus permitiu que fosse descoberto pelos cientistas é a participação fundamental da água em todo o processo da existência dos seres vivos. Além disso, existe ainda a metáfora da purificação, uma vez que a água é o principal elemento utilizado para banhos e limpezas em geral:

“Vós já estais limpos, PELA PALAVRA que vos tenho falado.” (João 15:3)

Da ressurreição de Jesus Cristo em diante a Nova Aliança iniciou o Seu curso eterno. E a partir da revelação que foi dada a Paulo (o Evangelho da Graça de Deus) no Terceiro Céu o povo do Senhor passou a ter da parte de Cristo ressuscitado, por assim dizer, uma NOVA ÁGUA. A Doutrina ensinada pelo apóstolo dos gentios é a genuína “H²O” espiritual deste Novo Pacto. É uma pena que a maioria das pessoas ainda se negue a beber dela.

Muitos ficam escandalizados porque o nosso Ministério não faz cerimônias de batismos em águas. Tais pessoas argumentam que este ritual tem o fim de purificar pecados e por isso tem de ser feito. Bem, isto, à luz da Graça de Deus, não faz nenhum sentido, pois o pecado já foi aniquilado na cruz do Calvário:

“De outra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo. Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.” (Hebreus 9:26)

Este versículo não deixa dúvidas. Assim sendo, este primeiro motivo alegado para que os batismos sejam realizados já caiu por terra. Ora, se na cruz Jesus já retirou o pecado do mundo (João 1:29) através de Sua morte, jamais podemos sequer cogitar que uma cerimônia oriunda dos costumes judaicos seja necessária para substituir a Obra de Cristo ou mesmo para acrescentar algo ao que o Senhor já fez por nós. Não por acaso, o apóstolo Paulo fez esta pergunta retórica aos Romanos:

“Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Cristo fomos batizados na Sua morte?” (Romanos 6:3)

Outros, já entendendo que o genuíno batismo para perdão de pecados foi na cruz, argumentam que batizar nas águas hoje em dia é imprescindível, pois os apóstolos na Igreja primitiva, mesmo após a cruz, faziam a cerimônia e até o próprio Paulo chegou a batizar (1ª Coríntios 1:14). É verdade. Porém, Paulo não batizou o tempo todo. Veja o que ele disse:

“Porque Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o Evangelho…” (1ª Coríntios 1:17)

Os apóstolos batizavam por tradição e falta de entendimento da Graça (que veio posteriormente por meio de Paulo). Por isso, o que ocorria na Igreja primitiva, no que tange a tradições, não deve ser imitado por nós.

Através deste conhecimento fica fácil entendermos que a única Água que pode nos batizar nesta Nova Aliança — quanto à nossa mente — é a Palavra da Graça de Deus. Por isso Paulo ensina:

“Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, Para a santificar, purificando-a com a LAVAGEM DA ÁGUA, PELA PALAVRA. (…) devido à sua misericórdia Ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo.” (Efésios 5:25-26; Tito 3:5)

Resta alguma dúvida de que a Palavra do Evangelho é a única Água de nosso Batismo nesta Nova Aliança? Glorifiquemos a Deus todos os dias pela revelação de Sua Graça em nosso entendimento.

Deus já nos abençoou! (Efésios 1:3)